A lesão de Whiplash é popularmente conhecida como “lesão de chicote” ou “síndrome do chicote” e é bastante frequente após acidentes automobilísticos. Trata-se de uma lesão de estiramento dos músculos e ligamentos do pescoço para além dos limites normais de movimento.
CAUSAS DA LESÃO DE WHIPLASH
A lesão de Whiplash ou “chicote” pode ocorrer por movimentos bruscos do pescoço.
Quando um veículo para de repente, em um acidente ou quando atingido por trás, o cinto de segurança irá manter o corpo da pessoa estático, mas a cabeça segue o movimento brusco para frente e, em seguida, para trás, causando a lesão de whiplash. Esse mecanismo também pode ocorrer em esportes de alto impacto como: futebol americano, boxe, entre outros.
SINTOMAS
Existe, em muitos casos, dor e rigidez no pescoço durante os primeiros dias após uma lesão de whiplash. A dor também pode ser sentida em grupos musculares próximos: na cabeça, tórax, ombros e braços.
A dor de whiplash também pode não aparecer logo após um acidente ou demorar horas para se desenvolver e depois permanecer por vários dias. Os sintomas incluem tonturas, dores de cabeça, dor ou rigidez no pescoço, mandíbula, ombros ou braços.
Dentre os principais sinais e sintomas relacionados na literatura, pode-se citar:
alterações ósteo-mio-articulares, como cervicalgia, cefaléia, algia torácica e lombar, perda de amplitude articular, estiramentos musculares e ligamentares e hérnias de disco.
alterações neurológicas, como parestesias, diminuição da propriocepção e de reflexos.
distúrbios cognitivos, como perda de memória e dificuldade de concentração.
distúrbios vestibulares, como vertigem e déficits de equilíbrio.
distúrbios posturais, como alterações das curvaturas fisiológicas da coluna.
Além disso, pode funcionar como fator desencadeador de outras situações clínicas, tais como distúrbios visuais e distúrbios auditivos.
DIAGNÓSTICO E EXAMES
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.
A Quebec Task Force classificou as Desordens Associadas à Síndrome do Chicote (DASC) em:
Grau 01: Manifestações clínicas como: dor e rigidez cervical ou contratura muscular, porém, sem sinais clínicos;
Grau 02: Manifestações clínicas como: dor e rigidez cervical ou contratura muscular, com sinais musculo-esqueléticos;
Grau 03: Manifestações clínicas como: dor e rigidez cervical ou contratura muscular, com sinais neurológicos;
Grau 04: Manifestações clínicas como: dor e rigidez cervical ou contratura muscular, com fratura ou luxação cervical.
TRATAMENTO
O tratamento tem por objetivos a analgesia, melhora da amplitude de movimento, da propriocepção e da função muscular, assim como o retorno às atividades diárias.
A fisioterapia desempenha importante papel na reabilitação do individuo com seqüelas da lesão em chicote. Dentre as técnicas mais utilizadas, destaca-se: eletroestimulação, termofototerapia, cinesioterapia, modalidades de terapia manual e reeducação postural. Sendo que a terapia manual e a reeducação postural têm mostrado resultados mais eficientes e duradouro.
PREVENÇÃO
Os principais recursos desenvolvidos com o intuito de prevenir as lesões em chicote foram o encosto para cabeça e o cinto de segurança, ambos para automóveis, embora ainda existam contradições em relação aos seus benefícios.
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