Muita gente acredita que dor no joelho é queixa de quem está envelhecendo. De fato, ossos, articulações e músculos sofrem mudanças naturais com a passagem do tempo, e esses processos podem mesmo levar a dor. Mas não é só velho que sofre com esse tipo de incômodo. Só nos Estados Unidos, 18 milhões de pessoas (um pouco mais do que a população da cidade de São Paulo), jovens ou não, procuram ajuda médica para solucionar o problema. O joelho faz parte do sistema musculoesquelético e é considerado a maior articulação do corpo.
Do ponto de vista anatômico e funcional, O joelho é a articulação mais complexa do corpo humano, sendo composto por três ossos (fêmur, tíbia e patela), meniscos, ligamentos estabilizadores, músculos, tendões e bursa.
Essa é uma articulação bastante utilizada, tanto nas atividades diárias como na prática de esportes.
A chave para um joelho saudável é a estabilidade e o bom alinhamento da articulação.
LIGAMENTOS
Os ligamentos são os estabilizadores primários para a translação anterior e posterior, angulação em varo e valgo e movimentos rotatórios da articulação do joelho.
É bastante comum ouvirmos falar de atletas e demais pessoas que em algum momento sofreram problemas relacionados aos ligamentos do joelho. Tais problemas podem ser simples e também mais graves, o que demanda um tempo significativo na recuperação.
O que são ligamentos?
Tratam-se de estruturas especializadas que são responsáveis por ligar os ossos entre si. Os ligamentos são classificados como peças elementares do tecido conjuntivo, sendo formados por fibras colágenas que possibilitam alta resistência às trações.
Tipos: Quais são os ligamentos do joelho?
O joelho possui 7 ligamentos, sendo que cada um deles contribui de forma específica para a qualidade biomecânica dessa região do corpo.
1) Ligamento cruzado anterior (LCA). Esse ligamento se origina no côndilo lateral do fêmur, tendo sua inserção na área intercondilar.
2) Ligamento cruzado posterior (LCP). Tem a origem no côndilo medial do fêmur e inserção na área intercondilar posterior.
3) Ligamento patelar. A origem desse ligamento é a patela (osso sesamoide localizado na parte anterior do joelho, anteriormente denominado rótula), tendo a inserção na tuberosidade da tíbia.
4) Ligamento colateral medial ou ligamento colateral tibial (LCM). É originado no epicôndilo medial do fêmur com inserção no côndilo tibial medial.
5) Ligamento colateral lateral ou ligamento colateral fibular (LCL). Origina-se no epicôndilo lateral do fêmur e possui inserção na cabeça da fíbula.
6) Ligamento poplíteo oblíquo. Tem sua origem no côndilo externo do fêmur e inserção na continuidade do tendão do semimembranoso.
7) Ligamento poplíteo arqueado. É originado na área intercondilar da tíbia côndilo lateral do fêmur a seguir da cabeça fibular. A inserção conecta para a porção medial da cabeça fibular.
Depois de saber quais são os ligamentos do joelho, vejamos o papel que cada um deles desempenha.
1) Ligamento cruzado anterior (LCA). Evita que ocorra um deslizamento anterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur.
2) Ligamento cruzado posterior (LCP). Previne a ocorrência de deslizamento posterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur. Ainda que lesões nesse ligamento não sejam tão frequentes, elas podem ser provocadas como resultado de uma força de tração traumática do ligamento.
3) Ligamento patelar. É considerado um dos ligamentos mais fortes do joelho e auxilia no biomecanismo de alavanca da patela. O ligamento patelar também atua como uma espécie de tampão para os côndilos femorais.
4) Ligamento colateral medial ou ligamento colateral tibial (LCM). É responsável por proteger a parte medial do joelho, impedindo que ele seja aberto por uma força aplicada nas laterais.
5) Ligamento colateral lateral ou ligamento colateral fibular (LCL). Atua na proteção das laterais do joelho, evitando que ele seja afetado por uma força dobrante interior.
6) Ligamento poplíteo oblíquo. Age no fortalecimento da parte de trás da cápsula.
7) Ligamento poplíteo arqueado. É responsável por fortalecer o joelho posterolateralmente.
Os ligamentos do joelho podem apresentar 4 principais tipos de lesões. São elas:
1) Lesão do ligamento colateral medial
Trata-se de uma das lesões mais comuns que afetam o joelho. Quando essa lesão ocorre de maneira isolada no ligamento, os sintomas são: inchaço localizado, dores e hemartrose (quando o sangue se derrama no interior da articulação).
Quando ocorre suspeita desse tipo de lesão, é preciso avaliar todos os outros ligamentos e meniscos, já que muitas vezes podem ocorrer lesões paralelas. Na maioria dos casos, não é necessária cirurgia para tratamento dessa lesão.
2) Lesão do ligamento colateral lateral
Tratam-se de lesões menos frequentes se comparadas à anterior. No entanto, quando esse tipo de lesão afeta o ligamento do joelho, elas são isoladas e geralmente mais graves, sendo de difícil (e mais demorado) tratamento.
3) Lesão do ligamento cruzado anterior
Esse tipo de lesão que afeta um dos ligamentos do joelho é comum principalmente entre os praticantes de esportes nos quais o pé fica fixo ao solo e a perna é rodada juntamente com o corpo (esqui, futebol, basquetebol etc.). Conforme o joelho faz a rotação, a pessoa afetada por essa lesão pode ouvir um som de “pop” exatamente no momento em que a lesão ocorrer, impedindo o prosseguimento da atividade. Vale frisar que pessoas a partir dos 30 anos possuem maiores chances de sofrer com esse tipo de lesão.
4) Lesão do ligamento cruzado posterior
Essa também não é uma das lesões mais comuns, ocorrendo geralmente de forma isolada. Na maioria das vezes, essa lesão no ligamento é causada por queda sobre o tubérculo tibial ou ocorrência de trauma diretor do tubérculo tibial em casos de acidente automobilístico.
Os meniscos são elementos fibrocartilagineos, de formato triangular, que além de transmitirem cargas, estabilizam o joelho, amortecendo choques e nutrindo a cartilagem ao espalhar uma fina película de fluido sinovial por toda a articulação. Existem dois meniscos em cada joelho, o medial e o lateral.
Por ser bastante vulnerável aos traumas diretos e indiretos, além do seu alto uso (muitas vezes de maneira inadequada), o joelho é uma das áreas que mais sofrem lesões no corpo humano.
No dia a dia, diferentes ocasiões podem favorecer o aparecimento de patologias no joelho, como pancadas ou posturas incorretas, por exemplo, mas é no meio esportivo que a incidência de lesões é bem maior, estando no auge das ocorrências ortopédicas.
Os tipos de dor
O funcionamento do joelho pode ser alterado na presença de lesão, desgaste ou doença. É aí que a dor aparece.
Ela pode ser de dois tipos:
Traumática, decorrente de queda ou batida durante atividade física;
Degenerativas, como a artrose.
A articulação pode doer devido a processos inflamatórios, incluídas as doenças autoimunes, como artrite reumatoide, espondiloartrite e lúpus.
Além dessas situações, desgaste por uso excessivo da articulação, desalinhamento dos joelhos e sobrepeso entram na lista de causas de desconforto.
Sintomas associados
Embora a dor seja o principal sinal de que há algo errado no joelho, ela pode vir acompanhada de inchaço, calor, dificuldade para se mover e até febre baixa (quando houver inflamação). Podem ocorrer, ainda, ruídos tipo estalo ou rangido na região ao se movimentar.
Quanto à dor, especificamente, pode ter intensidades diferentes, atacar em um ou mais pontos, piorar depois de muito tempo na mesma posição ou pela manhã (a chamada rigidez matinal).
Quando procurar ajuda?
Marque uma consulta com um Fisioterapeuta ou Ortopedista ou um Reumatologista quando qualquer um dos sintomas descritos persistir ou começar a atrapalhar as atividades do dia a dia.
As principais causas
No consultório médico, as queixas mais comuns são dor na parte anterior (frente) do joelho, decorrentes de lesões durante a prática de esportes, quedas e pancadas, além das tendinites. Outro problema que se repete é a lesão do ligamento anterior cruzado, também conhecida como "lesão do atleta".
No Centro de Cirurgia e Joelho do Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia do Ministério da Saúde, lesões nos ligamentos e meniscos correspondem a 40% do volume de atendimento.
Tratamentos possíveis
Uma vez definida a causa da dor no joelho, o que se segue é o início do tratamento. O mais comum é que seja à base de medicamentos, Fisioterapia Especializada e orientações para a prática de exercícios e mudanças de hábitos. A Cirurgia costuma ser a última opção, e deve-se considerar este recurso apenas quando não houver resposta satisfatória a essas abordagens.
Fuja da automedicação: tomar remédio por conta própria atrasa diagnósticos precisos. E quanto mais cedo se souber a causa da dor, maiores as chances de resolvê-la. Se junto com dor houver inchaço ou rigidez, principalmente pela manhã, vá ao médico.
Enfrente a dor: se mesmo assim ela for persistente, o melhor é marcar uma consulta em vez de camuflá-la com analgésicos e anti-inflamatórios.
Faça os exercícios certos: um fisioterapeuta ou educador físico pode ajudar a descobrir quais movimentos evitar e quais incluir no treino para fortalecer os músculos ao redor do joelho e prevenir dores.
Respeite a articulação: tome cuidado com movimentos de parada brusca e corridas em declive, que sobrecarregam a articulação, principalmente a parte da frente da patela. Isso vale para qualquer joelho: com ou sem dor.
Evite atividades repetitivas: pular corda, subir e descer escadas e fazer agachamento são exercícios a serem feitos com moderação para quem tem joelho com limitação.
Pedale certo: ajuste a altura do selim da bicicleta de modo que as pernas não fiquem totalmente estendidas nem flexionadas demais ao pedalar.
Adapte os exercícios: pense em substituir atividades de alto impacto, como futebol, corrida, além de exercícios de musculação que exigem muito dos joelhos, por modalidades menos agressivas com essa articulação. Converse com seu Fisioterapeuta e com seu treinador sobre alternativas.
Já sabe né! Tem dor, NÃO se auto-medique sem saber a causa das suas dores.
Não existe medicamento mágico, pomada, massagem, técnica revolucionária, exercício único! Esqueça isso!
Não existe receita de bolo, ou seja, cada paciente precisa de um tratamento específico para seu caso e por isso uma avaliação é fundamental!
Outra coisa, você pode até fazer um exame, mas não acredite em tudo que vai ler!
Leve este exame a um bom profissional que saiba ler e interpretar bem o laudo, mas faça PRINCIPALMENTE uma boa Avaliação Física utilizando testes Ortopédicos e Neurológicos com embasamento Científico! Só assim você vai tratar o que de fato te causa dor!
No passado as pessoas eram obrigadas a sofrer, pois estas patologias não tinham cura e nem TRATAMENTO. Mas as pesquisas e estudos avançaram e HOJE a Fisioterapia já está conseguindo ajudar a ELIMINAR as dores.
Aqui na clinica (ONE FISIOTERAPIA), realizamos esse processo e estamos colhendo muitos DEPOIMENTOS de pacientes que estão ficando cada vez mais satisfeitos com os resultados.
Está sofrendo com dor?
Então, comece pelo início.
Primeiro você precisa de um profissional totalmente comprometido com a metodologia. É importante saber sua formação e suas qualificações.
Faça uma visita ao Instituto escolhido para ver como se sente, se gosta do ambiente.
Você precisa se sentir à vontade, pois a sessão do Tratamento tem a ver não só com o bem-estar físico, mas também mental.
Marque também um Tele-atendimento. É a melhor forma de ter um primeiro contato com a técnica e o Especialista que irá lhe atender e mostrar seus exames, contar um pouco da sua história, das suas queixas, dos tratamentos que já realizou e não obteve sucesso e tirar TODAS as suas dúvidas.
Que tal agendar um Tele atendimento GRATUITO e conhecer melhor nosso método?
Comments