Qualquer pessoa está suscetível ao aparecimento de dores no quadril, embora o problema afete, principalmente, pessoas acima de 40 anos de idade e as que praticam esportes de impacto. Esta dor pode acometer qualquer articulação da região ou mesmo em suas proximidades, podendo indicar a presença de diferentes doenças, como tendinite, contusão no quadril, bursite trocantérica, síndrome do piriforme, artrite reumatoide, anquilose do quadril, pubalgia, epifisiólise, etc. A dor evolui de acordo com a causa: fraturas, por exemplo, implicam grandes riscos, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida do paciente. Algumas características podem evidenciar quando as dores no quadril surgem com efeitos mais graves, é o caso de:
· Dores causadas por quedas sérias;
· Baixa mobilidade do quadril;
· Dificuldades para suportar pesos sobre a própria perna;
· Deformações na perna que chega a sangrar;
· Manifestação de dores com febre;
· Reação dolorosa que não alivia mesmo com o uso de tratamentos domésticos.
A síndrome do piriforme está associada a uma compressão do nervo isquiático (ciático) e é uma doença bastante dolorosa. Mas o grande problema está na ausência de um diagnóstico preciso, pois a síndrome é, muitas vezes, confundida com a Dor Ciática, o que dificulta o tratamento correto.
Anatomia
O piriforme é um músculo que se localiza próximo ao nervo ciático Anatomicamente, o piriforme é um músculo que se localiza próximo ao nervo ciático, ele se encontra na região posterior e profunda do quadril, coberto pelos músculos glúteos. Sua origem está na superfície anterior do sacro e se insere no trocânter maior (lateralmente ao quadril). O nervo isquiático é o responsável pela inervação do piriforme e em alguns casos, este músculo pode comprimir o nervo e levar à dor glútea irradiada para a coxa. O nervo inflama, justamente, pela frequente pressão que sofre em virtude de sua localização anatômica.
A inflamação do nervo ciático
O nervo ciático é considerado o mais longo do nosso corpo, sendo também bastante volumoso. Ele se estende desde a face posterior do quadril, descendo por trás da coxa e dos joelhos até alcançar o dedo maior do pé, ou seja, vai desde a coluna lombar até os pés. O nervo ciático pode ser acometido por danos dentro do canal espinhal, no local da sua origem (raiz nervosa) ou em algum outro ponto do percurso que ele faz. Quando esse nervo é afetado, o paciente sente bastante dor da região lombo-sacra até o pé (glúteo, coxa e lateral da perna são atingidos). Normalmente, a dor é descrita pelo paciente como sendo extremamente profunda (como se fosse no osso). Nos casos que envolvem lesões mais severas do nervo, o paciente também pode apresentar quadros de fraqueza muscular em uma das pernas ou nas duas, o que poderá mudar o padrão da caminhada. Há casos de pacientes que também perdem a capacidade de controle da urina. É importante ressaltar que, normalmente, todas as consequências da compressão do nervo ciático (que além das descritas podem ainda incluir: formigamento, sensação de queimação, perda da sensibilidade ou redução dos reflexos da região atingida, dentre outros), são sentidas com maior frequência de um só lado do corpo e sempre tendem a piorar durante a noite. A compressão pode acontecer por traumas diretos ou de repetição (é o caso, por exemplo, de pessoas que permanecem em posição sentada por longas horas em uma cadeira sem qualquer conforto ou ergonomia adequada). E a causa mais comum para a dor ciática são as lesões degenerativas da coluna vertebral, como hérnia e disco, protrusão discal, estenose vertebral e espondilolistese, etc. Mulheres e homens podem ser acometidos. Mas a Dor Ciática não pode ser confundida com a síndrome do piriforme. Na verdade, a primeira pode ser, justamente, uma consequência da segunda. A maior diferença entre as duas começa no local da dor. Na síndrome do piriforme, a dor começa mínima nas vértebras sacrais e, no caso da Dor Ciática, tudo começa a nível lombar e a dor é muito forte, especialmente durante o movimento de extensão em pé.
Causas
A compressão do nervo ciático é causada por uma alteração anatômica em que o nervo passa por dentro do piriforme, levando a um quadro compressivo e doloroso, com irradiação para região lateral da coxa. Entretanto, na maioria das vezes, a anatomia desta região é normal, porém uma contratura do músculo piriforme leva ao mesmo quadro clínico, confundindo inclusive com dor glútea profunda. Dentre os hábitos que aumentam o risco de incidência da síndrome do piriforme, ficar sentado por tempo prolongado e praticar exercícios para os glúteos de forma exagerada são os mais comuns.
Sintomas da Síndrome do Piriforme
A presença da síndrome do piriforme pode ser caracterizada, especialmente, por alguns sinais:
· Dor intensa (em forma de “pontada” ou “facada”) na região lateral e posterior da coxa, além da região glútea.
· Dor que piora ao ficar sentado ou quando se cruzam as pernas.
· Quando surge a crise de dor, o paciente pode começar a andar mancando.
· Sensação de dormência na nádega ou na perna.
· Fraqueza da perna e sensação de formigamento.
Diagnóstico e exames
O exame clínico deve diferenciar síndrome do piriforme, dor glútea profunda e disfunções lombares com irradiação, realizando testes específicos. Exames de imagens como raio-X, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética (RNM) da coluna podem ser feitos para excluir a possibilidade de patologia vertebral/radiculopatia.
Tratamento da Síndrome do Piriforme
Há alguns tratamentos disponíveis para a Síndrome do Piriforme
O paciente pode fazer compressa de gelo e aplicar sob o local, manter-se em repouso e iniciar um programa de reabilitação o mais rápido possível. Para aliviar a dor, a fisioterapia é indispensável no tratamento da síndrome. O tratamento na fisioterapia para a síndrome do piriforme tem como objetivo aliviar a compressão. Técnicas de relaxamento muscular e liberação miofascial do piriforme podem auxiliar no alívio imediato dos sintomas e diminuição da irradiação. Equipamentos de Eletrotermofoterapia como ultra-som (US) e terapia combinada podem acelerar este processo de melhora.
Técnicas de terapia manual e um protocolo de fortalecimento muscular, focando correção biomecânica, serão fundamentais para permanência dos efeitos terapêuticos. A cirurgia só é necessária em casos bastante graves, quando o paciente não manifesta melhora com todas as indicações clínicas. Se você está na dúvida se a sua dor é uma problema de coluna ou quadril, não descarte a procura urgente por um fisioterapeuta ou médico para fazer um diagnóstico exato.
Síndrome do piriforme na gestação
Pilates pode evitar a Síndrome do piriforme na gestação. É comum acontecer durante a gestação, uma compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme. Especialmente, em virtude da postura das pernas. A gestante, normalmente, sente bastante dor por conta disso e o quadro tende a piorar a medida que a gestação avança. Uma excelente dica para as gestantes é investir no alongamento diário do músculo piriforme em casa mesmo. Veja: Em pé, a grávida deve posicionar uma perna flexionada em cima de uma mesa ou bancada que esteja na altura de seu quadril. A seguir, ela vai inclinar o seu tronco sobre esta perna, permanecendo na posição por um período de 15-30 segundos. Os mesmos movimentos devem ser realizados com a outra perna.
Algumas recomendações para viver sem dor
Procure realizar atividades físicas que não gerem impacto excessivo como caminhadas, bike, natação, Pilates, dentre outras;
· Mantenha o seu peso corporal adequado, adotando uma alimentação saudável e equilibrada;
· Evite subir e descer escadas exageradamente;
· Tenha atenção redobrada durante a realização de atividades em terrenos irregulares (calçadas esburacadas, trilhas, etc.), a fim de evitar as possíveis entorses;
· Evite realizar atividades que exijam agachamento até o chão, principalmente, não deixando os joelhos se projetarem para frente;
· Ao primeiro sinal de dor ou desconforto procure um especialista, pois pequenas mudanças nas atividades podem significar uma ótima prevenção.
Atividades que podem aumentar os riscos para a síndrome do piriforme
Geralmente, a realização de determinadas atividades aumentam as chances de o paciente sofrer com a síndrome do piriforme. Treinos com frequência em longos declives, subidas e terrenos irregulares acabam forçando uma repentina rotação do quadril e, por isso, podem favorecer o surgimento do problema. Exercícios realizados com o objetivo de hipertrofia excessiva dos glúteos (especialmente, no caso das mulheres) também podem favorecer a lesão. Ciclistas, triatletas e alunos de academias que fazem muitos exercícios sentados e por longo período também podem estar suscetíveis ao problema.
Benefícios do Pilates
Pilates é uma ótima alternativa para tratar a síndrome do piriforme.
Existe uma alternativa muito segura para evitar a síndrome do piriforme. Consiste na manutenção da musculatura, que participa dos movimentos de adução e abdução, alongada e fortalecida, e o Pilates exerce um papel muito importante para esta finalidade. O método oferece uma grande diversidade de exercícios, que podem ser, perfeitamente, adaptados às necessidades e limitações de cada pessoa. Com isso, o paciente será acompanhado por um especialista que, após avaliar minuciosamente o seu quadro, montará um programa individual de exercícios, focados, principalmente, no trabalho de fortalecimento e flexibilidade dos membros inferiores, dos glúteos, rotadores internos e externos do quadril e mobilização de quadril. No caso de atletas, o profissional montará uma série de exercícios de transferência que simulam a corrida, o caminhar, mudanças de direções e saltos, etc, tudo de acordo com a especificidade da modalidade. O objetivo é preparar o indivíduo para o retorno progressivo ao esporte, bem como às atividades diárias de uma forma mais segura. Dessa forma, o método Pilates pode auxiliar efetivamente tanto na prevenção quanto no período de tratamento da síndrome do piriforme.
Já sabe né!
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Não existe medicamento mágico, pomada, massagem, técnica revolucionária, exercício único! Esqueça isso!
Não existe receita de bolo, ou seja, cada paciente precisa de um tratamento específico para seu caso e por isso uma avaliação é fundamental!
Outra coisa, você pode até fazer um exame, mas não acredite em tudo que vai ler!
Leve este exame a um bom profissional que saiba ler e interpretar bem o laudo, mas faça PRINCIPALMENTE uma boa Avaliação Física utilizando testes Ortopédicos e Neurológicos com embasamento Científico! Só assim você vai tratar o que de fato te causa dor!
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